Page 3 - Uma historia contada em noticias: um resgate da comunicacao ao longo dessas seis decadas
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UMA HISTÓRIA
                       CONTADA EM NOTÍCIAS



                        Prefácio





                                lgumas vezes imagino que, não tivesse escolhido o caminho que tomei, lá em
                                1958, quando instalamos a primeira loja com o nome Armazém Paraíba, em
                        ABacabal, eu poderia ter enveredado pela comunicação.
                          Ao longo de todos esses anos, tanto a capacidade dos comunicadores como os
                        instrumentos e meios de comunicação sempre me encantaram. Nesses 60 anos,
                        muito mais do que vender, o que fizemos foi criar relações com as pessoas. E relações
                        amparadas pela comunicação.
                          Assim, acredito que seja possível contar a nossa história por meio da comunicação,
                        que sempre esteve junto conosco e ajudou a nos construir, não apenas como empresa,
                        mas como uma organização que, antes de tudo, gosta e quer entender de gente.
                          Diferentes exemplos testemunham nossos esforços, como os carros de som, a
                        princípio guiados e locutados por nós, tentando estabelecer contato com as pessoas.
                        No aniversário de um ano do Armazém Paraíba, redigimos um panfleto que
                        se tornou quase uma carta de compromissos com os clientes. O concurso para
                        escolher a logomarca foi também uma estratégia de comunicação. E o que foram
                        as pinturas dessas logomarcas em muros pelas cidades? Uma forma de disseminar
                        uma mensagem que hoje só encontra paralelo em informações que se multiplicam
                        via internet (e nós ainda nem tínhamos internet). Talvez possamos falar que já
                        buscávamos “viralizar” a mensagem. Além disso, destaco também o slogan “sucesso
                        em qualquer lugar” que surgiu de um jingle composto por Alexandre Frazão,
                        representante comercial. A música caiu no gosto popular e se tornou nossa marca
                        registrada.
                          Temos a satisfação de afirmar que, ao longo desses anos, apostamos no investimento
                        em propaganda, sempre respeitando o espaço editorial do jornalismo, o que dá
                        credibilidade tanto à atividade jornalística como à nossa própria mensagem. Mais
                        do que nos divulgar, esse investimento se tornou a nossa forma de afirmar: nós
                        acreditamos nos veículos de comunicação.
                          De tanto apreciarmos a comunicação, ainda criamos a nossa revista O Sucesso,
                        house organ há mais tempo em circulação em todo o país.
                          Agora, passados 60 anos, permanecemos admiradores da arte que somente os
                        jornalistas dominam: registrar a história por meio de notícias. É essa admiração
                        que nos motiva a produzir esta publicação. Aqui está uma pesquisa que revela a
                        história do Paraíba contada em notícias. Elas foram veiculadas em diferentes meios
                        de inúmeras cidades ao longo desse tempo, dando dimensão e diversidade à nossa
                        história.
                          Este livro-documento demonstra que a história do Paraíba já não nos pertence
                        mais. Para nossa felicidade, hoje ela é uma memória coletiva que partilhamos com
                        as pessoas e as cidades onde estamos presentes. Assim, esta publicação é também uma
                        forma de agradecer a todos que, de alguma forma, fazem parte dessas memórias.
                        E só quando nos tornamos história e memória, o que vivemos fica maior e mais
                        significativo do que o tempo que vivemos.


                          Muito obrigado.

                          João Claudino Fernandes.



                                                                                   3
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