Page 53 - Gyselle Soares (em Revista)

Vivo”, um produto audiovisual que sem nunca ter feito uma aula de dinheiro emprestado de um amigo,
se mostra sofisticado justamente por canto, ela sempre encontrou um para tentar a vida no rio de Janeiro.
ser simples e direto. o palco escuro, jeito de estudar em casa. testava a transformou-se em sucesso inter-
sem maiores parafernálias, e Gal ao voz entoando notas dentro de uma nacional de público e crítica. esse
centro, toda de preto, acompanhada panela e usava o banheiro para en- é o espírito de Gal. Curiosa, deste-
por uma banda de rock. o foco do saiar canções que ouvia no rádio, mida, determinada e tranquila, Gal
show, assim como o do disco, é com- interpretadas pelas vozes de Dalva sempre acreditou no dom que tem,
provar a versatilidade da voz de Gal. de oliveira e Angela maria. traba- nunca se imaginou fazendo outra
essa versatilidade vem à tona com lhou em uma loja de discos antes coisa que não fosse cantar. A histó-
ironia, em momentos como “Auto- de deixar salvador, sozinha e com ria musical do brasil agradece.
tune Autoerótico”, em que a voz de
Gal é propositadamente alterada por
um equipamento eletrônico, o “au-
totune” do título. reconhecida pelas
notas altas, que consegue atingir e
manter como poucas cantoras, Gal
arrisca-se a imitar tim maia em “um
Dia de Domingo”, canção que ele
também gravou. A plateia reage ex-
tasiada com a ousadia e emocionada
com a lembrança de tim, persona-
gem tão querido no brasil.

Fotos: Getty Images Latin Content / © André schiliró / © Guto Costa

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