Page 21 - Marcelo Cerrado (em Revista)
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A rotina do bailarino é sempre corrida e
seus dias começam cedo. “Vou para a escola
pela manhã, depois vou para o Bolshoi, onde
trabalho durante a tarde e por lá fico até as 20
horas”, relata. Mesmo sentindo saudades de
casa, ele diz que já se acostumou com o ritmo
puxado de atividades. “Consigo equilibrar bem
essa questão de sentir falta da família, até por-
que falo com todos por celular e internet. Tam-
bém vou visitá-los, sempre ao final do ano”.
Além de este ser o primeiro ano de Luan
como bailarino contratado pela Companhia
de Teatro Bolshoi no Brasil, 2013 trouxe ainda
a emoção de participar e sair vitorioso de seu
primeiro concurso mundial. “Minha experiên-
cia na Rússia foi maravilhosa, adorei tudo. Eu
me preparei por cinco meses, até porque tive
que dançar várias vezes durante os dez dias de
competição”, lembra.
Em novembro, ele fez apre-
sentações na Suíça e seguiu
com um produtor russo e al-
guns colegas da companhia
para uma turnê na Europa,
que incluiu a Rússia, Ucrânia e
Moldávia. Formado no balé clás-
sico, Luan se considera um bailarino
apto para dançar vários estilos. “Também gos-
to de outros estilos de dança: da popular bra-
sileira à folclórica russa”, pontua o jovem. Sem
planos de voltar a morar no Piauí, ele es-
pera ter uma carreira longa em outro país.
“Quero alcançar muito mais. No Brasil, as
oportunidades de trabalho com dança não
são grandes”, revela. Seus planos são de
se manter com seu trabalho na dança, e
por isso ele faz audições fora do país. Para
quem sonha em se tornar um bailarino
profissional como ele, o conselho de Luan
é acreditar e lutar. “Se é o seu objetivo, não
existem barreiras nem limites. É preciso
ir em busca do que se quer, por mais que
você passe por dificuldades”, conclui.
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