Page 67 - JOÃO (Entrevistado por Douglas Machado)

Então, a gente atendia tudo, não é? Era todo tipo de propaganda simples e, naturalmente,

fazendo uma simples e outra mais incrementada e tal, tornava tudo mais movimentado.
Foi uma coisa que atraiu. Os shows, por exemplo – hoje, o aparato é muito grande para
um show – eu saía, ia em um caminhão, está entendendo? O serviço de som chegava na
cidade e montava a fiação. E eu sempre acompanhando. Eu mesmo fazia a apresentação

do show e tal. Terminava o show, tinha distribuição de brindes simples, de acordo com
o que podia distribuir. Naquele tempo, usava-se muito a bola. Bola era um presente
que chamava atenção. Depois, nós partimos para uma coisa melhor. Compramos um
aviãozinho e jogávamos as bolas do avião, os panfletos etc. Aí já foi mais arrojado.

A escolha da bola tinha muito sucesso por causa do futebol. Mas quando eu era pequeno,
quando eu via a bola, associava antes à logomarca do Armazém Paraíba, que é redonda.
Pois é, era uma bola simples de vinil. Então, você foi um deles que foi atrás da bola, não é?

Eu fui. Ao menos eu lembro bem da bola.
Que beleza! Olha aí, confirma a história. Já foi bem depois, porque foi, em 1968, quando
nós chegamos aqui em Teresina, não é?

A minha foi na década de 1970.
1970, aqui?

Eu não sei se eu peguei, ou se me deram uma bola que tinha a logomarca do Paraíba.
Acho que deram.

Eu era muito pequeno. Lembro que a bola era amarela.
Isso. Foi um presente que você recebeu, e era um presente que agradava, não é?

Todo menino gosta de brincar com bola.
Todo menino gosta de bola. Pois bem, foi em 1968 que chegamos aqui na região.

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