Page 56 - JOÃO (Entrevistado por Douglas Machado)
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Qual modelo que você quer? Quantos são?”. Anotava, fazia o pedido e vinha. “Vocês
vendem carros?”. “Vendemos!”. Eu tinha um amigo lá na Paraíba, o Zé Cavalcante: “Zé
Cavalcante, estou precisando de um carro”. “Pode vender”. Então, já havia o carro. Era
assim, esse tipo de atividade que deu certo. Estando dentro do negócio de corpo e alma,
vendo por onde podia ganhar dinheiro.
Esse entusiasmo e dedicação sempre me impressionaram bastante. E o nome Armazém
Paraíba, como nasceu?
O nome “Paraíba” foi uma coisa interessante. Quando eu aluguei o prédio em Bacabal,
o nome da nossa loja em Cajazeiras era Nações Unidas. Eu achava um nome difícil para
se divulgar. Deixei o prédio alugado, já estava preparando as prateleiras e precisava de
um nome para fazer a propaganda. “Está chegando aí, dentro de poucos dias,... Quem?”
Aí eu comecei a pensar: Armazém Potiguar, já tinha; Armazém Tabajara, já tinha;
Armazém Pernambucano, já tinha. Então,... Paraíba. Armazém Paraíba! Não achei
muito fácil de aceitação. Mas é interessante: a questão da boniteza do nome depende
do sucesso, se tiver sucesso, é bonito, se não tiver, qualquer nome não é bonito, não é
mesmo? Aí eu disse: Armazém Paraíba, será que dá certo, meu Deus? Mas precisava
e não tinha outro nome, então deixei Paraíba... Armazém Paraíba. Eu mesmo fiz a
propaganda, com um serviço de som e tal, e daí o nome Paraíba t ornou-se um nome
bonito, não é?
Eu acredito que esse nome tenha se tornado uma referência, também, pela postura de
entusiasmo no trabalho que vocês tiveram em Bacabal. Certamente chamou a atenção
dos clientes.
Exatamente, pelo trabalho que foi feito, pela forma de conduzir os trabalhos. Então, é
disso que vem o encanto e a beleza do nome.
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