Page 53 - Teresina Shopping: relato sobre 15 anos de contribuicoes educativas

anos, tinha entrada e saída das crianças controladas com senhas numeradas com cadas-
tro prévio do nome da criança, nome e telefone do seu responsável e um tempo de per-
manência de 30 minutos (negociável) para gerar rotatividade no público e maior alcance
de benefi ciados. O outro espaço destinado a crianças de 9 a 12 anos tinha entrada mais
livre, e as atividades eram de caráter mais competitivo com gincanas constantes.

A qualidade do atendimento nesses espaços tornou-se um diferencial de serviços no
shopping durante as “praias de verão”, uma vez que os adultos podiam curtir a progra-
mação cultural com a tranquilidade de ter suas crianças atendidas gratuitamente, com
diversão e segurança.

Além do período das férias, o shopping sempre manteve em sua grade de programação
atividades na Semana da Criança. A primeira delas marcou o início das atividades com
escolas, através de uma gincana de conhecimentos gerais com estabelecimentos de en-
sino da capital teresinense. O evento contou ainda com apresentações culturais condu-
zidas pela dupla de artistas da época, Faísca e Fumaça, e nas versões seguintes ofereceu
atrações e atividades diversas como, por exemplo, o Projeto Contoterapia (da empresa
Cia. de ideias). Nesta programação, todas as noites uma fada narrava clássicos dos con-
tos de fadas e, além dos atores que dramatizavam cenas das estórias enquanto elas eram
narradas, os ouvintes eram convidados a integrar o grupo de atores assumindo papéis de 53
algum personagem citado na estória.

O projeto foi baseado nos livros de Bruno Betthelheim (A psicanálise dos contos de fada)
e de Marina Warner (Da fera à loira) e buscou resgatar o valor da contação de estória no
ambiente familiar. No evento as crianças podiam brincar com um jogo da memória com
imagens de personagens dos contos.

Durante as programações da Semana da Criança, que corresponde às comemorações
nacionais do livro e da leitura, o shopping promoveu vários eventos de incentivo à leitura
e oralidade tais como o lançamento e distribuição de livros infantis, roda de estórias e
apresentações de bonecos animados representando personagens do imaginário infantil
e literário tais como Priscila (da Tv Colosso), Visconde e Emília (do Sítio do Pica Pau
Amarelo), Turma da Mônica dentre outros. Além dessas outras atividades relacionadas à
expressão literária, foram oportunizadas pelo shopping uma Ofi cina de Desenho e Ilus-
trações, com os artistas Albert Piauhy e Ribamar, e o lançamento de alguns livros infantis
como, por exemplo, “O Guerreirinho”, do autor piauiense Godofredo Couto, cujo texto
aborda medos infantis, e a “Luva lulu” ambos de conteúdo bíblico.

O enfoque religioso tornou-se mais acentuado durante as comemorações natalinas
quando era oportunizada a apresentação de autos de natal e corais infantis de igrejas e