Page 38 - Teresina Shopping: relato sobre 15 anos de contribuicoes educativas
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2.1.3  Caravela da História



                           No ano de 2000, o Teresina Shopping aderiu às comemorações nacionais alusivas aos
                           cinco séculos de brasilidade promovendo uma imersão na história do país através de
                           uma exposição interativa – a Caravela da História. O evento, que durou duas semanas,
                           propôs uma recuperação da memória histórico-cultural do país e sugeriu várias refl exões
                           sobre as reconstruções de identidades e de pertencimento valendo-se de representações
                           sociais comuns relativas a quatro períodos históricos do país.


                           O shopping aproveitou o momento para fomentar debates sobre a ideia comum do tema
                           “descobrimento” partindo de objetivos nitidamente educativos, pedagógicos e lúdicos
                           marcados pela interatividade e monitoria dos guias.


                           A exposição foi distribuída em cinco espaços  – Brasil Descobrimento, Brasil Indígena,
                           Brasil Escravo, Brasil Colonial e Brasil Império – produzidos com uma cenografi a que
                           reproduzia ambientes ilustrativos de cada período tais como: caravelas, aldeias, casa de
                           engenhos, áreas externas e internas (palácios), e onde alunos visitantes dramatizavam
                           algumas cenas. Esses alunos eram indicados previamente pela escola visitante e chega-
                           vam com antecedência para possibilitar a caracterização (ajuste de fi gurino, maquiagem,
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                           orientação cênica, etc).


                           Os alunos eram recepcionados na entrada do shopping e aguardavam sentados na Praça
                           de Alimentação de onde eram conduzidos pelos monitores e coordenação da atividade,
                           em grupos de 20 a 25 alunos. Assim, ao tempo em que uma escola aguardava, outra es-
                           cola era atendida; ao tempo em que um grupo saia de um cenário, outro grupo chegava.


                           O circuito da exposição começava nos cenários “Brasil Descobrimento” e “Brasil In-
                           dígena” composto por um cenário de aldeia e uma Caravela - de onde desciam atores
                           (crianças) que representavam Pedro Álvares Cabral, o padre jesuíta Manoel da Nóbrega
                           e dois grumetes, os quais interagiam com outros atores fantasiados de indígenas. Nesse
                           espaço a escola visitante recebia mudas de pau-brasil como proposta de preservação e
                           refl exão sobre os aspectos relativos ao choque cultural entre nativos e colonizadores e a
                           exploração econômica do país com a extração desordenada da árvore símbolo do Brasil.


                           O cenário seguinte (Brasil Escravo) representava o universo da escravidão com um
                           miniengenho com elementos cênicos reais tais como rapaduras e alfenins degustados pe-
                           los visitantes; uma fachada arquitetônica simbolizando uma casa do senhor de engenho
                           em cujo pátio atores mirins, que, vestidos de escravos, encenavam os açoites, capoeira e
                           ritos religiosos.
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