Page 30 - Teresina Shopping: relato sobre 15 anos de contribuicoes educativas
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costumes - todas de autores teresinenses. Na passagem por esse módulo, os estudantes
eram orientados a copiarem algum trecho de uma poesia, ou fazerem uma leitura com-
partilhada com o monitor. As crianças de Educação Infantil escolhiam a “placa” que
gostariam que fosse lida pra elas.
No espaço seguinte - o Módulo Espaço -, havia maquetes de prédios antigos da cidade, e
os grupos de estudantes recebiam explicações detalhadas do cotidiano da cidade e curio-
sidades. Além da história que elas representavam, os visitantes fi cavam sabendo também
um pouco do processo de produção das mesmas - material utilizado na confecção, a
pesquisa, os artistas e profi ssionais que as fi zeram.
A utilização de maquetes nesta exposição apresentou um forte apelo educativo, um re-
curso didático que permitiu a visualização tridimensional do relevo, apresentando de
forma clara a noção de espaço e promoveu tanto a observação dos elementos espaciais
ali representados quanto uma interação vivencial. Do ponto de vista pedagógico, a utili-
zação de maquetes contribuiu signifi cativamente para a alfabetização cartográfi ca, pois
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explora a geografi a numa perspectiva descritiva e interativa, proporcionando a constru-
ção de um olhar diferenciado para o meio ambiente conforme preconizado por Castro-
giovanni.
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A maquete é um modelo tridimensional do espaço. Ela funciona como um
laboratório geográfi co, onde as interações sociais do aluno no seu dia-a-dia
são passíveis de serem percebidas quase que na sua totalidade. A construção
da maquete é um dos primeiros passos para um trabalho mais sistemático das
representações geográfi cas (CASTROGIOVANNI, 2000, P. 74)
Outra grande atração foi o supermapa da cidade instalado na parte fi nal do Módulo Es-
paço, onde os visitantes percebiam a dimensão geográfi ca da nossa cidade e localizavam-
-se mais facilmente no espaço da cidade. Tornou-se um lugar divertido, pois os visitantes
espalhavam-se “procurando” casas de parentes e amigos nas fotos aéreas espalhadas pe-
las laterais da sala. Foi uma grande aula de orientação espacial que alinhou-se com a pro-
posta dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografi a (1ª a 4ª série) que preconizam
que ao fi nal do primeiro ciclo, o aluno deve ser capaz de ler, interpretar e representar o
espaço por meio de mapas simples.
O uso de mapas e maquetes é defendido por Simielli (2001) para quem o desenvolvimen-
to da capacidade de leitura e de comunicação oral e escrita por fotos, desenhos, plantas,
maquetes e mapas, permitindo assim a percepção do domínio do espaço é considerado
importante para o estudo do espaço concreto dos alunos de 1ª a 4ª série.
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4 Autores como (Simielli, Pinheiro, Castrogiovanni, 28, n. 2: 155-168, 2008 Artigo B G G Lombardo & Castro)
destacam a importância da utilização de maquetes como recurso didático e potencializador da aprendizagem.